O extrativismo vegetal é a atividade tradicional do Maranhão. Os cinco bilhões de pés de COCO BABAÇU possibilitaram a produção de 140.000 toneladas de amêndoas (72% da produção mensal) em anos recentes. Contudo o percentual de babaçu continua inexplorado sendo possível o aproveitamento econômico para produção de álcool, carvão, óleo comestível, gás, óleo combustível e lubrificantes entre outros”
(Copywrite da Revista Maranhão editada pela CODEMA – fl. 07 – jun/1992)
O Cultivo e beneficiamento do COCO BABAÇU na região dos cocais de nosso estado e parte do Piauí ainda é feita de forma bastante rudimentar, ou seja, não há adubação, raleio, seleção, tratos culturais e os pés vão crescendo desordenadamente ao absurdo de encontrar-se palmeiras de até 1 metro de distância umas das outras no que vem prejudicando a produção de grandes frutos e de suas partes a única que tem valor comercial ainda é a amêndoa que é retirada do endocarpo (coquilho) no fio de um machado, cujo cabo fica sob as coxas dos (das) cortadores, que a porretadas vão retirando-as pouco a pouco. O risco de acidente é total, pois não há protetores e são seguros com uma das mãos e batidos com a outra.
O Epicarpo (casca) que é constituída de fibra de excelente qualidade e o Mesocarpo (massa que fica entre o epicarpo e endocarpo) que pode-se produzir alimentação humana, animal e medicamentos, são jogadas fora e algumas vezes utilizadas para queima como carvão, colados ao Endocarpo.
Em algumas comunidades que comercializam o mesocarpo extraem-no com muita dificuldade utilizando o seguinte método: primeiro, batem a casca com um porrete até separar-se do endocarpo; segundo, põem-na no sol para secar por dois ou três dias; terceiro, batem novamente para separar o mesocarpo do epicarpo; quarto, pisam ao pilão; quinto, peneiram-no e embalam-no.
Uma família leva, às vezes, mais de 30 (trinta) dias para obter 50 (cinqüenta) quilos de mesocarpo, que é compensado com o valor de R$ 3,00 (três) reais o quilo, no produtor.
Com o advento de uma tecnologia local, a máquina que fatia o coco, já é possível pensar-se, após mais de meio século de estudos, em AGROINDÚSTRIA DO BABAÇU, já que poderemos separar todas as suas partes – Epicarpo, Mesocarpo, Endocarpo e Amêndoas – e iniciar o processo de pequenas fábricas para aproveitamento de cada uma dessas partes (ver esquema de subprodutos).
As Comunidades que têm na quebra do COCO BABAÇU como uma renda suplementar, passarão a tê-la como renda principal já que poderão comercializar separadamente A FIBRA DO EPICARPO, A MASSA DO MESOCARPO, O COQUE DO ENDOCARPO E O ÓLEO DA AMÊNDOA, além da SERRAGEM DO COCO COMO RAÇÃO ANIMAL( Aves, Porcos, Caprinos, Ovinos e Gado).
O COCO BABAÇU
Retrospectiva Histórica
HOME EMPREENDIMENTO HISTÓRICO PRODUTOS CAPACITAÇÃO PROJETOS DERIVADOS
terça-feira, 21 de abril de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário